Sala de aula
A revolução que está mudando tudo nas salas de aula
O extenuante exercício de escolher uma escola envolve esforço físico dos pais para peregrinar de uma em uma, frustração por não se identificar com a maioria e um monte de dúvidas sobre a trilha mais certeira para uma base sólida que permita ao filho alçar voo-solo na vida adulta. Prepare-se: essa árida jornada ganhou complexidade, como tudo nestes tempos modernos, extrapolando a questão clássica — vai de colégio tradicional ou construtivista? Mas isso embute uma ótima notícia: há mais opções por aí. Mesmo que muitas escolas brasileiras ainda patinem em mazelas básicas e sigam aferradas à tríade consagrada no século XIX (professor, lousa e giz), outras tantas começam a se sintonizar com o idioma desta era em que o saber enciclopédico cede lugar a uma sala de aula que ensina o aluno a se virar em meio ao desconhecido, conectar (esse é sempre o termo) disciplinas de distintas naturezas e chegar a respostas para problemas concretos. Pela potência da chacoalhada, especialistas enxergam uma revolução, e ela já causa tremores, dos bons, no Brasil.
VejaEscolas propõem aulas sobre mídia e fake news
Analisar os bastidores de como se produzem informações e não apenas a mensagem em si é uma das atividades da educomunicação, também conhecida como Alfabetização Midiática e Informacional (AMI). Trata-se de uma proposta que estuda como os veículos de produção e transmissão de informações operam, para fomentar o pensamento crítico dos alunos em relação às mais diversas mídias.
O Estado de São PauloCom exemplos do dia a dia, escolas ensinam alunos a lidar com o dinheiro
Iniciativas inovam nas aulas de educação financeira e, de quebra, aproveitam para instigar o interesse pela Matemática
Não é só na escola que o ensino sobre finanças ganhou nova roupagem. Já há também aplicativos e plataformas digitais que propõem esse aprendizado de forma lúdica.
'Escolas devem juntar idiomas com cidadania', diz professora da USP
Nem a ideia de se virar em uma viagem ao exterior nem a garantia de sobreviver no mundo globalizado. Aprender um idioma na escola deve ser um convite a entender o outro e a forma como ele constrói suas comunicações, interações e culturas.
“Os planos pedagógicos das escolas devem rever os objetivos dessa aprendizagem na educação básica, integrando o ensino de línguas a um projeto de formação cidadã e crítica. Isso implica, entre outros pontos, repensar a formação do professor e considerar as linguagens e culturas dos alunos em suas comunidades, ou seja, não tratá-las com uma 'hierarquia vertical'."
Projetos
Diário de Escola:
Escola do Jardim Ângela cria grupo de teatro de alunos e reduz casos de bullying
G1Em Guarulhos, estudantes discutem problemas em assembleia na escola
G1Alunos da rede pública de Araraquara escrevem livro de poesia
G1Gestão
Escola sem provas, nem boletim. Conheça a pedagogia Waldorf
Uma escola que leva a brincadeira a sério. As aulas de música e de artes têm o mesmo peso que português e matemática. Nada de provas, boletins nem livros didáticos até o fim do ensino fundamental. As crianças são avaliadas por um único professor e, ao contrário do que ocorre em boa parte das escolas tradicionais, os alunos das escolas que usam a pedagogia Waldorf ficam bem distantes de eletrônicos, computadores e tecnologia em geral.
R7O que o governo ainda precisa explicar sobre o funcionamento das escolas cívico-militares
A implementação de escolas cívico-militares no ensino básico e médio é um dos principais projetos do governo Bolsonaro para a educação. Embora o governo tenha publicado o decreto de criação do programa com sua moldura básica, ainda se sabe muito pouco como esse plano funcionará, qual o seu escopo ou como será o financiamento.
BBC10 fatos que você precisa saber sobre escolas cívico-militares
Gazeta do PovoDOI-Codi vai às salas de aula na era das escolas militarizadas
Carta CapitalInteligência artificial nos colégios
No começo, trocou-se o quadro negro e o giz pela lousa digital. Depois, a caderneta de presença e notas virou planilha de Excel. Agora, quando chega à escola a geração que já nasceu deslizando o dedo nos smartphones, é a vez da inteligência artificial. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou em 2018 que parte significativa da produção científica na área está relacionada ao tema da Educação.
TerraPlataforma integra escolas e edtechs com login e senha únicos
Escolas e secretarias de ensino podem contar agora com o uso de uma plataforma de integração que facilita o acesso de alunos e professores a serviços educacionais digitais. O HUB.Educacional usa uma tecnologia que permite aos usuários o acesso a várias ferramentas diferentes com os mesmos dados, sem precisar de cadastros, logins e senhas diferentes para cada uma.
PorvirNa escola do século XXI, o aluno é o protagonista, diz Jorge Paulo Lemann
Uma escola do século XXI deve unir rigor acadêmico, bilinguismo e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. A ideia é formar jovens questionadores e criativos, com um grande senso de coletividade e capazes de conquistar o mundo.
VejaGoverno e o Congresso sacrificam Educação para pagar a fatura da aprovação da Reforma da Previdência
O Governo e o Congresso sacrificaram a Educação para pagar a fatura da aprovação da reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, e acelerar as articulações da votação em segundo turno no Senado. Dos R$ 3 bilhões em créditos aprovados pelos deputados e senadores, R$ 1 bilhão – remanejado do Ministério da Educação – será destinado para arcar com emendas parlamentares.
O DiaPor obras, Weintraub abre mão de R$ 28,4 milhões da Educação
TerraProfissionais da Educação
Por que nossos professores estão adoecendo?
O número de licenças por transtornos mentais e comportamentais vem aumentando ano após ano. Somente em 2018, foram 53.162 licenças por esses diagnósticos, segundo dados do Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME). Esse número equivale a mais de 40% do total de afastamentos no estado.
O pano de fundo que está adoecendo nossos professores inclui acúmulo de cargos para ter um salário melhor, ambiente estressante (em alguns casos, perigoso) e sensação de falta de valorização.
Inclusão
Inscrições de presos no Enem crescem 12,5% em 2019
O número de presos e jovens em medidas socioeducativas inscritos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2019 é 12,5% maior que o registrado na edição do ano passado.
Os exames para esse grupo serão aplicados nos dias 10 e 11 de dezembro. Os candidatos farão as provas nas próprias unidades prisionais. Não há cobrança de taxa de inscrição para o Enem PPL.
Política partidária
Bolsonaro resiste a incluir SP em programa de escolas militares
O governo Jair Bolsonaro tem resistido a incluir o estado de São Paulo no projeto de escolas cívico-militares. A gestão João Doria (PSDB) não aderiu à ação dentro do prazo dado pelo Ministério da Educação (MEC) e depois recuou, pedindo a extensão do período de inscrições.
Para o MEC, São Paulo fez pouco caso do programa e da gestão Bolsonaro. Com o impasse, o estado poderá ficar de fora da ação federal.
Estatística, pesquisas e estudos
Alunos de escolas de “alto desempenho” tendem a ter mais problemas de saúde, diz estudo
Escolas de alto desempenho são, frequentemente, as mais procuradas pelas famílias. No entanto, o ambiente escolar dessas instituições pode ter um alto custo psicológico aos alunos.
Pesquisas recentes revelam que alunos de “escolas de alto desempenho” – escolas públicas e privadas com altas notas em testes, variadas atividades extracurriculares e que formam alunos que acabam indo para as melhores faculdades – estão enfrentando taxas mais altas de problemas comportamentais e de saúde mental em comparação com escolas “convencionais”.
Avaliação
Materiais online podem ajudar estudante a se preparar para o Enem
Videoaulas, podcasts e resumos online são alguns dos recursos digitais que podem ajudar os estudantes a revisarem o conteúdo na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. É preciso, no entanto, tomar alguns cuidados para se certificar de que as plataformas são confiáveis.
EBCEAD
Em 1 ano, ensino a distância rouba 120 mil alunos de cursos presenciais
Modalidade tem piores notas e alta evasão, mas oferece maior flexibilidade e menores preços
O crescimento acelerado da educação a distância (EAD) tem contribuído para o encolhimento do ensino presencial no Brasil, o que pode mudar em pouco tempo o cenário da formação superior no país. Em um ano, quase 120 mil alunos migraram de uma modalidade para a outra.
Graduação na sala de casa? Educação a distância avança mais rápido no Brasil
Estado de MinasOpinião
Formar professores para a profissão
Precisamos de currículos que preparem de fato esses profissionais para a prática
Segundo os ex-ministros reunidos em Bucareste, a solução passa por boas políticas públicas e, sobretudo, por tratar os professores como profissionais. Infelizmente, como mostra pesquisa da Fundação Varkey em 35 países, os professores não contam com um status social elevado, nem com remunerações à altura da sua escolaridade e do trabalho que realizam, o que resulta em baixa atratividade da carreira.
Policiais e jurídicas
Mais de 1300 escolas da Grande Rio ficaram na linha de tiro este ano
Um levantamento feito pela plataforma Fogo Cruzado mostra que mais de 1300 escolas públicas e privadas da região metropolitana do Rio de Janeiro, 22% de toda a rede, foram afetadas por tiroteios no seu entorno durante o período letivo. Até o dia 31 de setembro de 2019, foram registrados 6059 tiros na região, uma média de 22 tiroteios/disparos de arma de fogo por dia, dos quais 30% (1819) ocorreram no período letivo durante o horário escolar no perímetro de 300 metros de escolas e creches da rede pública e privada.
Carta CapitalPolêmicas
Afinal, para que serve a União Nacional dos Estudantes?
"A UNE serve para o projeto de poder dos partidos de esquerda, para lavar dinheiro, para aliciar jovens para ideologias de esquerda, para qualquer coisa, menos defender os interesses dos estudantes". É o que diz o deputado federal Filipe Barros, de 28 anos, filiado ao Partido Social Liberal (PSL). "A UNE continua exercendo seu papel histórico, o de ser guardiã dos estudantes e dos direitos do povo", contrapõe o estudante goiano Iago Montalvão, de 26 anos, estudante de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e atual presidente da União Nacional dos Estudantes.
Gazeta do PovoOutras do dia
Cadê o tempo escolar que estava aqui?
Vivemos também um tempo orientado para o consumo. É o jogo do mercado. Consumimos tudo. Queremos muitos amigos nas redes sociais, queremos todas as novidades lançadas no mercado, queremos provar tudo, consumir de tudo e mais um pouco, nos endividando nos cartões de crédito.
Os adultos estão acelerados demais por aqui e como consequência estão acelerando igualmente as crianças, que tem que cumprir uma série de compromissos e atividades, tornando cada vez mais difícil ser simplesmente criança. Onde foi parar o tempo de não fazer nada?