segunda-feira, 7 de março de 2016

Rotina fora da escola, desigualdade vira aula

Em uma sala de aula da Escola Estadual Miguel Munhoz Filho, no Capão Redondo, periferia da zona sul de São Paulo, uma pergunta rompe o silêncio do primeiro dia de aula. “Que mulher aqui já sofreu violência ou conhece alguém que tenha sofrido?”, indaga a professora de Ciências Valdeti da Silva à turma do 9.º ano do ensino fundamental. A resposta é quase unânime e praticamente todos levantam as mãos. Nos minutos que se seguem, explicações sobre feminismo, direito ao corpo e desigualdade de gênero dominam a aula. Os temas, que se tornaram discussão nacional por causa da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015, agora devem fazer parte do currículo obrigatório da rede estadual paulista.
Além disso, professores também receberão preparação específica, com um curso sobre diversidade de gênero.

Fonte / Link: O Estado de São Paulo