terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Artigo: Livros didáticos vigiados não nos darão um novo Einstein

Evgeny Morozov é pesquisador-visitante da Universidade Stanford e analista da New America Foundation. 
(...) Mesmo excluídas perversidades como essa, é preciso perguntar de que forma a existência de livros didáticos com recursos de vigilância, como os descritos, afetaria o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes. Ser "crítico" também significa aprender a distinguir entre textos diferentes e, ocasionalmente, nadar contra a corrente intelectual dominante e recusar a leitura de textos compulsórios. Os alunos que se limitavam a fingir que estavam aprendendo eugenia no começo do século 20 --como os professores que apenas fingiam lecionar a matéria-- talvez estivessem violando as normas disciplinares de suas escolas, mas não podem ser criticados por sua "falta de envolvimento". 
Folha de São Paulo