segunda-feira, 3 de julho de 2017

Notícias de Educação - 03/jul/2017


Na Sala de Aula

“A escola está ultrapassada”
  • Autor de best-seller americano explica por que desenvolver habilidades emocionais desde cedo é tão essencial para o sucesso na vida adulta. Nas rodas de educação, muito se fala sobre habilidades socioemocionais, que fogem da cartilha do conteúdo propriamente dito, como colaboração, curiosidade e capacidade de resistir às adversidades. Às vezes, o debate é ainda etéreo; noutras, começa a ter feições mais claras, indicando caminhos de como desenvolvê-las. Em sua extensa pesquisa, o jornalista americano Paul Tough, 50 anos, autor do livro Como as Crianças Aprendem (Ed. Intrínseca), vai por esta linha mais objetiva e sem academiquês. Ele foi a escolas e entrevistou economistas, psicólogos e neurocientistas para entender a relevância de tais habilidades no competitivo século XXI.
  • (Veja)
Professora de Yale e Columbia avalia a educação infantil brasileira
Sharon Lynn Kagan, professora das universidades Columbia e Yale, trabalha com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para estabelecer padrões de aprendizado na educação infantil em vários países, incluindo o Brasil. Na avaliação dela, o país precisa avançar muito nesse sentido. (Correio Braziliense)

  • Pais, não pressionem demais
  • (Veja)

Sete disciplinas que deputados querem incluir no currículo obrigatório
O Brasil está nos últimos lugares dos rankings internacionais de ciências, matemática e línguas. Mas alguns parlamentares pretendem que a já combalida escola brasileira dê conta de outros temas. Uma rápida visita ao site da Câmara dos Deputados é capaz de revelar quantos projetos de lei do tipo foram apresentados nos últimos anos por deputados. A tentação de usar o cargo para alterar o currículo nacional parece muito grande (Gazeta do Povo)

Guerra contras os meninos? Padronização do ensino não dá conta das diferenças entre sexos
Com diferenças de perfil, comportamento e preferências, meninos e meninas têm experiências distintas no ambiente escolar. Ao contrário da percepção de que elas estão em desvantagem desde cedo, estudos indicam que na verdade eles frequentam o lado mais frágil dessa dinâmica: em média, estão 18 meses atrasados em leitura e escrita quando comparados às meninas e tem chances menores de ingressar no ensino superior. (Gazeta do Povo)


Gestão de Escola



Resultado ruim no Ideb se deve mais à falta de gestão do que de dinheiro, diz levantamento do TCE-SP
  • O principal desafio dos secretários municipais de educação de São Paulo e dos coordenadores das escolas municipais para aumentarem a qualidade do aprendizado dos estudantes não é mais a falta de infraestrutura, mas sim as questões em torno da boa gestão do dinheiro público. É o que mostra um levantamento de dados feito pelo Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) e apresentado na quinta-feira (29) em um seminário na sede do governo estadual.
  • (G1)
Estudantes de classe média vão à escola pública por economia e para sair da “bolha” social
Nos corredores da rede pública, essas famílias têm encontrado mais pais de classe média que tomaram a mesma decisão. Do final do ano passado para o início deste ano, 220.767 estudantes matriculados na rede estadual de São Paulo vieram da rede privada, um número 25,8% maior do que os que fizeram a mudança há cinco anos (175.404). Alguns saíram por pura ideologia. Outros, também pela dificuldade de, em plena crise econômica, pagar mensalidades que podem beirar os 5.000 reais, especialmente quando a escola aparece no topo das melhores do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). (El País)

SC: Nenhuma das sete metas do Plano Estadual de Educação que vencem até dezembro estão cumpridas
  • O Plano Estadual de Educação foi aprovado em dezembro de 2015 e prevê 19 metas e estratégias para desenvolver o ensino desde a educação infantil à pós-graduação em todo o território catarinense até o fim de 2024. Apesar de estar há um ano e meio em vigência – e ter metade das metas com limite de execução até dezembro de 2016 –, o grande entrave para o monitoramento dos objetivos é a falta de indicadores atualizados com maior rapidez.
  • (Diário Catarinense)

Escola modelo da USP tem falta de professores e alunos sem aula
Considerada modelo de uma educação humanista e diversificada, a Escola de Aplicação da USP sofre com falta de professores e esvaziamento de projetos educacionais. Alunos do ensino fundamental, por exemplo, ficaram meses sem aulas de ciências neste primeiro semestre. (Folha de São Paulo)


Inclusão


Medicina da USP vai adotar cotas raciais e aderir ao Enem pela 1ª vez na história
  • Nesta sexta-feira (30), a Congregação da faculdade (órgão máximo de decisão da FMUSP) aprovou a adesão parcial ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar estudantes.
  • (G1)
  • USP vai votar proposta de limitar Sisu a 30% das vagas por dez anos, e adia meta de inclusão
  • (G1)
Alunos combatem bullying e xenofobia
Aos 12 anos, Thaís López, filha de bolivianos, dá aulas de espanhol para 30 alunos na escola municipal Infante Dom Henrique, no Canindé, região central de São Paulo. A menina teve a ideia de ensinar o idioma que aprendeu em casa para se aproximar dos colegas e tentar acabar com os “grupinhos” que se formam de acordo com a descendência de cada um. (O Estado de São Paulo)


Leis, políticas e politicagens


Tire suas dúvidas: veja perguntas e respostas sobre o novo ensino médio
  • Sancionada em fevereiro pelo governo federal, a reforma do ensino médio ainda causa dúvidas entre alunos, pais e professores. Apesar de estabelecer mudanças profundas no funcionamento das escolas, a reforma, aprovada por Medida Provisória (MP), deve levar alguns anos para entrar totalmente em vigor.
  • (O Estado de São Paulo)
Governo recua sobre Educação e vai tirar verba da ONU para passaporte
  • O governo enviou um ofício à Comissão Mista de Orçamento desistindo de tirar R$ 102,3 milhões em recursos da Educação para retomar a emissão de passaportes pela Polícia Federal. A dotação orçamentária que será prejudicada agora é a de contribuições para a Organização das Nações Unidas.
  • (Valor)

Para pensar - artigos e opiniões

Mudanças no ENEM: o que muda?
  • O exame supletivo voltará a ser realizado de forma separada, e, possivelmente, o nível de exigência será menor. Ele se aplica sobretudo às pessoas que queiram terminar o Ensino Médio e que tenham menor probabilidade de ingressar ou concluir cursos superiores, especialmente de primeira linha. Isso pode afetar positivamente alunos de escolas públicas e privadas, especialmente os que não tiveram boas oportunidades no passado.
  • (Veja)

Pesquisas e Estatísticas

Turmas com melhor desempenho têm professores mais experientes, aponta estudo
As turmas de 5º ano do ensino fundamental com melhor desempenho na Prova Brasil contam com professores mais velhos, com mais de 10 anos de magistério e que acreditam no potencial de seus alunos: é o que mostra uma análise qualitativa realizada pelo Instituto IDados. As informações, compiladas entre as escolas da rede municipal do Rio de Janeiro, mostram que as melhores notas saem de salas de aula com maioria de meninas e com 88% dos alunos na idade certa. (G1)


Profissonais da Educação


Se você quer irritar um professor, falar com ele sobre as suas férias de dois meses (em francês)
  • Ser professor é ter dois meses de férias, realmente?
    Os professores têm quase dois meses de férias de verão. Isto é o que sugere o calendário da Educação. Mas para os professores, estes feriados prolongados são como uma lenda urbana. A imagem que se realmente tem em qualquer caso, nada a ver com a realidade de suas ocupações e preocupações durante o verão. Não é só trabalho, também é o apego, a apreensão, a carga mental.
  • (Slate fr (em francês))

Eventos

Seminário vai avaliar três anos do Plano Nacional de Educação
  • A Câmara dos Deputados promove na quarta-feira (5) seminário sobre os três anos do Plano Nacional de Educação (PNE). O ministro da Educação, Mendonça Filho, é um dos convidados para a abertura do evento.
  • (Câmara)

Outras do dia

Qual será o destino da Estácio?
  • A tão sonhada fusão entre Kroton e Estácio parecia um casamento perfeito até o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitar a união entendendo que Kroton e Estácio juntas concentrariam uma fatia de mercado muito elevada para o setor de ensino superior. Passada a tensão da decisão, está claro que para a Kroton a fila anda — ela segue como a maior empresa do setor, e vai continuar com o plano de aquisições, agora de pequenas empresas, mais fáceis de concretizar. Mas a Estácio tinha feito quase um pacto de fidelidade. A pergunta no mercado agora é sobre qual futuro a Estácio tomará: andar com as próprias pernas ou ser vendida.
  • (Exame)